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BAMBU PARA CARVÃO

Carvão Vegetal de Bambu

Carvão vegetal é um importante recurso energético usado a milhares de anos pela humanidade, ele é de grande importância para vários países incluindo o Brasil, e pode ser adquirido em mudas diretamente de fornecedores como o Sitio da Mata que conta com diversas espécies de bambu.

Aproximadamente 90% do carvão vegetal é consumido em indústrias e 10% em residências. No setor industrial, o ferro-gusa, aço e ferro-ligas são os principais consumidores de carvão vegetal, que é usado como redutor (coque vegetal) e energético.

O uso do carvão vegetal na siderurgia vem despertando um grande interesse, principalmente em relação às perspectivas de produção de “aço verde”, ou seja, no sentido de reduzir as emissões de gases do efeito estufa no processo de fabricação do aço.

Para isso as pesquisas estão direcionadas ao desenvolvimento de tecnologias mais limpas e eficientes. (CTEnerg, 2002). Em comparação com a queima direta da madeira, o carvão apresenta diversas vantagens:

  • Extremamente Alta Eficiência;
  • Facilidade de Uso e Distribuição;
  • Queima Sem Fumaça ou Chama Perigosa e Também Pode ser Estocado sem Decomposição.

Todas estas vantagens tornam o bambu para carvão uma excelente escolha em diversas ocasiões.

O Carvão de Bambu

Carvão de Bambu

No Brasil, muito do carvão vegetal utilizado é proveniente do desmatamento de florestas nativas e de práticas predatórias. A demanda deste combustível tem aumentado e é necessário achar formas “verdes” de se obter este recurso tão importante. Neste sentido, é bastante atraente o uso do bambu para carvão, pois como será mostrado abaixo, esta biomassa é uma boa alternativa como combustível limpo e saudável.

Outro excelente uso para o Bambu são nas atividades de paisagismo, como a decoração de ambientes abertos, jardins residenciais e até mesmo na contenção de solos com alto risco de erosão.

Como é Feito o Carvão de Bambu

Carvão de bambu é produzido por pirólise, da mesma forma que o carvão convencional (madeira) que consiste na ruptura da estrutura molecular pela ação do calor, em um ambiente de pouco ou nenhum oxigênio.

Produção de Carvão

Ácido Pirolenhoso

No aquecimento do forno que irá fazer o carvão, naturalmente é extraído do bambu um licor chamado vinagre de bambu ou ácido pirolenhoso. Esse líquido é um subproduto orgânico proveniente da condensação da fumaça no processo de carbonização do bambu.

Ele possui cerca de 200 compostos orgânicos úteis para adubação, eliminação de mau cheiro, desodorantes entre outros produtos. O vinagre de bambu também é usado nos cuidados com a saúde e a pele. Ele é um produto interessante e de alto valor agregado.

Ácido Pirolenhoso

Bambu Para Carvão x Carvão de Eucalyptus

Em recente estudo, foram feitos diversos testes comparando carvão de Eucalyptus com algumas variedades de bambu. Segue abaixo os testes feitos, resultados e comentários:

  • Densidade Básica;
  • Composição Química e Rendimentos dos Produtos Características Físicas Poluição.

Fonte das informações: Brito, Tomazello Filho e Salgado;Pereira, Schaitza e Shimizu, 1997;Pereira, Schaitza e Baggio, 1997, Adriana Ribeiro, 2005.

Para as carbonizações, os cavacos foram aquecidos a 550 graus celsius para que a temperatura esteja mais próxima da que tem sido utilizado em sistemas industriais tipo retorna.

Resultado do Estudo

Densidade Básica

Valores de densidade básica ficaram superiores ao do eucalipto em 41,70%.Os maiores valores de densidade básica apresentados pelos bambus são altamente favoráveis em termos do seu emprego para a produção de carvão vegetal por que resultarão em carvões mais densos o que é quase sempre desejável em termos de qualidade deste produto.

Segundo artigo na revista madeira, “a densidade é uma característica fundamental do carvão vegetal, pois, quanto mais denso o carvão, maior é a quantidade de energia por unidade de volume, consequentemente, melhor será o aproveitamento do espaço interno do reator”.

Composição Química Média

Densidade Básica

 

A composição química média mostra que os colmos de bambu para carvão possuem teores de extrativos significativamente superiores aos da madeira de eucalipto, na ordem de 86,8% em média.

Os bambus apresentam menores valores de holocelulose que a madeira, componente químico que exerce uma influência negativa no rendimento em carvão.

Rendimentos de Produtos - Peso Seco (%):

Rendimentos de Produtos - Peso Seco (%)

Frente ao processo de carbonização as espécies de bambu apresentaram rendimentos de carvão superiores ao da madeira em parte porque apresentam menores valores de holocelulose. Isto mostra perspectivas entusiásticas para o bambu. Como consequência, os colmos apresentaram menores rendimentos em licor pirolenhoso.

Os rendimentos em gases não condensáveis foram maiores em relação a madeira, podendo isto estar relacionado à sua composição química que apresentou maiores teores de extrativos totais.

Características Físicas do Carvão:

Características Físicas do Carvão

Os valores de densidade aparente dos colmos de bambu foram expressivamente superiores aos apresentados para o eucalipto na ordem de 54,4%, em média. Esse aspecto é altamente positivo diante das principais aplicações industriais e domésticas do carvão vegetal, pois além de significar maior concentração de material útil, poderá resultar também em maior resistência física do produto.

Segundo artigo do IPEF, “a resistência mecânica do carvão vegetal é outra característica de suma importância no seu emprego siderúrgico e, dentro desta característica, o ponto a merecer maior destaque é a sua friabilidade (friável: que se quebra facilmente). O carvão vegetal é por sua natureza um produto bastante friável, característica esta que é agravada pelas numerosas operações de manuseio e transporte que o mesmo sofre até alcançar o interior do alto forno. Em verdade, os níveis de resistência mecânica do carvão vegetal tem implicações diretas sobre a sua granulometria. Carvões menos resistentes irão mais facilmente degradar-se, resultando na diminuição do seu tamanho médio, o que não é desejável.

Em termos de densidade verdadeira, o carvão de bambu mostrou valores próximos ao da madeira com destaque para o B.Vulgaris Vittata.

Tempo de Queima de Carvão de Bambu e Carvão de Madeiras Lenhosas

Tempo de Queima de Carvão de Bambu e Carvão de Madeiras Lenhosas

O Bambu Para Carvão Produz Menos Poluição

A quantidade de enxofre no bambu é muito pequena quando comparada aos outros materiais lenhosos, sendo também inferior a maioria dos materiais herbáceos, gramíneas e palha. A liberação de SO2 (Dióxido de Enxofre) durante a queima deverá ser menor e, consequentemente, irá gerar menos poluição. 

Além de todas as vantagens já discutidas em termos energéticos, o uso do carvão de bambu como combustível apresenta impactos ambientais bastante positivos. A substituição do uso de combustíveis fósseis, e até mesmo proveniente da madeira, por energia gerada pelo carvão de bambu, permite, não apenas reduções significativas nas emissões de NOx(Óxido de nitrogênio) e SO2(Dióxido de Enxofre) ao ambiente, devido aos baixos teores de N e S encontrados nas amostras de bambu, como também, proporciona benefícios ao ambiente através das características do bambu de atuar no resgate de CO2 e na proteção dos solos (CARVÃO DE BAMBU COMO FONTE ENERGÉTICA, 2005).