Rambutan (Nephelium Lappaceum)

As frutas exóticas, com suas cores vibrantes, formas diferenciadas e sabores únicos, têm o poder de despertar, não apenas o paladar, mas também a imaginação. 

Entre essas maravilhas naturais, o rambutan se destaca como uma joia tropical que combina aparência distinta com um sabor deliciosamente suculento. 

O rambutan é um representante notável da família Sapindaceae, a mesma família que presenteia o mundo com outras frutas exóticas, como a lichia. 

Neste contexto, exploraremos os cuidados necessários para o cultivo bem sucedido, seja em ambientes externos ou em vasos, além dos elementos essenciais que proporcionam o ambiente ideal para seu florescimento, como solo adequado, luz solar, clima apropriado e práticas de rega balanceadas.

Continue a leitura deste texto e aprenda a cultivar a frutífera rambutan em seu quintal. 

Características da Rambutan

Com origens enraizadas nas regiões tropicais do Sudeste Asiático, a árvore de rambutan (Nephelium lappaceum) é uma espécie tropical que se destaca por sua aparência marcante e complexidade botânica. 

Estamos falando de uma árvore de porte médio a grande, que pode atingir até 20 metros de altura em condições ideais. Suas folhas são alternadas e compostas, constituídas por folíolos ovais e brilhantes que criam um visual luxuriante. 

As flores da rambutan são pequenas e de tons esbranquiçados a amarelados, crescem em inflorescências que brotam diretamente dos galhos da árvore, adicionando um toque ornamental ao seu perfil.

O que verdadeiramente diferencia o rambutan é sua fruta única. As espinhosas protuberâncias que revestem a casca da fruta, lembrando cabelos, são a origem de seu nome, derivado da palavra malaia "rambut", que significa cabelo. A casca fina e flexível envolve uma polpa suculenta e doce, que é o ponto alto da fruta. Cada fruta contém uma única semente grande e brilhante, adicionando um toque rústico à experiência sensorial.

A família Sapindaceae, à qual o rambutan pertence, também inclui outras frutas conhecidas, como a lichia, e compartilham características semelhantes, como a casca externa protuberante e a polpa suculenta e doce.

Onde cultivar muda de rambutan?

O rambutan pode ser cultivado tanto em solo quanto em vasos, mas o cultivo no solo geralmente proporciona melhores condições para o desenvolvimento saudável e a produção de frutas. Isso ocorre porque as árvores de rambutan são de porte médio a grande e têm um sistema radicular que requer espaço para se expandir. No entanto, o cultivo em vaso é uma opção viável para aqueles que têm limitações de espaço ou vivem em áreas onde as condições de solo não são ideais.

Se optar pelo cultivo em vaso, escolha um vaso grande o suficiente para acomodar o sistema radicular em crescimento. Certifique-se de que o vaso tenha boa drenagem, com furos na parte inferior para evitar o acúmulo de água. Use um substrato de alta qualidade, como uma mistura de terra para vasos e matéria orgânica, para fornecer os nutrientes necessários.

É importante monitorar o solo no vaso para garantir que ele não fique muito seco ou muito encharcado. A rega regular é essencial, mas evite o excesso de água que poderia levar ao apodrecimento das raízes. A fertilização também é importante quando se cultiva em vaso, pois o substrato pode se esgotar mais rapidamente de nutrientes.

Como cultivar muda de rambutan?

Entenda agora que não há mistérios para cultivar o rambutan. Veja o passo a passo:

SOLO: Essa planta prospera melhor em solos ricos em matéria orgânica e bem drenados. O solo deve ser levemente ácido a neutro, com um pH em torno de 5,5 a 6,5. 

CLIMA: Prefere climas tropicais e subtropicais, onde as temperaturas são constantemente quentes. No entanto, é possível cultivá-lo em regiões mais temperadas com cuidados adequados.

LUZ: Ao cultivar rambutan no solo, é importante escolher um local que receba luz solar direta por pelo menos algumas horas por dia. Isso é crucial para o crescimento saudável da planta e para a produção adequada de frutas. Em regiões mais quentes, o rambutan pode ser cultivado a pleno sol, mas em climas mais quentes e secos, ele pode se beneficiar de alguma sombra parcial durante as horas mais quentes do dia.

REGA: A árvore de rambutan precisa de um suprimento constante de água para desenvolver frutas suculentas e saborosas. No entanto, é importante evitar o encharcamento do solo, pois isso pode levar ao apodrecimento das raízes. Um sistema de irrigação por gotejamento ou regas regulares, garantindo que o solo esteja úmido, mas não encharcado, é recomendado.

Onde encontrar muda de rambutan para cultivo?

Em resumo, o rambutan é uma fruta tropical que encanta com sua casca espinhosa e polpa doce. 

Seu cultivo, seja em solo ou em vasos, requer atenção ao solo, à exposição solar, à rega adequada e à fertilização regular para garantir um crescimento saudável e a produção abundante de frutas deliciosas.

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Conheça também a lichia:

https://www.sitiodamata.com.br/lichia-litchi-chinensis.html

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Nome popular: Rambutan

Nome Ciêntífico: Nephelium Lappaceum

Família: Sapindaceae

Origem: arquipélago malaio

Ciclo de vida: Perene

Folha: As folhas são pecioladas, alternas com dois a quatro pares de folíolos dispostos alternadamente na raque foliar. Os folíolos são ovalados ou elípticos e coriáceos, medindo de 5 a 28 cm de comprimento e de 2 a 10,5 cm de largura.

Crescimento da planta: A planta pode alcançar de 12 a 20 m de altura, e o diâmetro da copa corresponde a aproximadamente dois terços da altura; mas, quando propagadas vegetativamente, as árvores são menores, atingindo de 4 a 12 m de altura e diâmetro do tronco de 40 a 60 cm.

Quando da frutos? No Pará, a época de produção estendese de dezembro a abril e, na Bahia, de maio a agosto.

Frutos Os frutos, em número de 10 a 13 em cada cacho, são classificados como drupa, apresentam formato globoso a ovoide com tamanho variando de 3,0 a 8,0 cm de comprimento e de 2,5 a 5,0 cm de largura. A casca ou pericarpo apresenta coloração em vários matizes, variando de vermelho ao amarelo, com 0,2 a 0,4 mm de espessura, sendo coberto com espículas coloridas de tamanho variável. O peso do fruto varia de 20 a 60 g, sendo 30 a 58% de arilo, 40 a 60% de pericarpo (casca) e 4 a 9% de semente. O arilo é translúcido, branco a amarelo-claro, com espessura entre 8 e 15 mm, cujo sabor pode variar de muito doce a distintamente ácido, sendo também variáveis o conteúdo e a textura. O arilo adere ao tegumento o qual pode ou não se separar facilmente dele. A semente é oblonga ou elíptica, achatada, com 2,0 a 3,5 cm de comprimento e 1,2 a 2,2 cm de largura (TINDALL, 1994). A época de colheita varia de acordo com as condições climáticas, e os frutos levam de 90 a 130 dias para alcançar a maturação, a partir da fecundação.

Quando da Flores? floração tem duas épocas distintas: março a maio e agosto a outubro

Flores As inflorescências são formadas nas extremidades dos ramos e, de acordo com as características das flores, podem ser classificadas em três grupos: a) Árvores masculinas, produzindo somente flores estaminadas, constituindo usualmente 50% de uma população de plantas propagadas por sementes. b) Árvores que produzem flores hermafroditas, as quais são funcionalmente femininas (Figura 1 B), sendo esse o tipo preferido para cultivo. c) Árvores que produzem flores hermafroditas, algumas das quais são funcionalmente femininas e outras funcionalmente masculinas. As flores masculinas são agrupadas em panículas de até 30 cm de comprimento, são desprovidas de ovário funcional e possuem de 5 a 7 estames. Cada flor mede 5 mm de diâmetro e 2 mm de altura quando plenamente aberta. As flores hermafroditas nascem em panículas semelhantes às das plantas masculinas, e cada panícula possui 200 a 800 flores, podendo abrir até 100 flores por dia. As flores são amarelo-esverdeadas, sendo que as predominantemente femininas têm um ovário bilocular com estigma bífendido no topo. Flores com ovário unilocular ou trilocular, com o correspondente número de estigmas lobados, são ocasionalmente produzidas nas flores femininas. Nas flores femininas, seis estames bem desenvolvidos surgem da base do ovário, mas estes estames não são deiscentes. Cada flor possui aproximadamente 5 mm de comprimento e 4 mm de largura (TINDALL, 1994)

Como adubar essa planta? ➜ Preparar a cova de plantio incorporando 5 quilos de esterco de curral bem curtido e 100 gramas de P2O5 à terra retirada da cova. ➜ Para manutenção intercalar adubações orgânicas e minerais.

Como regar essa planta? é preciso que o solo esteja sempre úmido, ou seja, suficientemente molhado para que a planta se mantenha 100% hidratada. abasteça de água o rambutã de manhã ou à noite, ou seja, durante as horas em que o sol não estiver muito forte. Lembrando que, deverá irrigá-lo apenas quando observar que a terra perdeu o nível de umidade ou começa a secar.

Vai em qual clima? O clima é um dos fatores mais importantes para o ótimo crescimento do rambutã, pois este precisa da umidade de um clima tropical.

Nativa de qual clima? Tropical

Aceita poda? Alguns clones de rambuteira apresentam a tendência de formar copa central densa caso não forem podadas, mas em geral, quando adultas, raramente requerem podas drásticas.

Vai na sombra? Esta árvore precisa de luz solar pelas manhãs e sombra pela tarde.

Planta de frio ou calor? quente e úmido

Mudas com qual altura? 15 a 30 cm

Atrai pássaros? atrai passaros

Quais pragas tem essa planta? Sendo uma planta exótica, a maioria das pragas e doenças ocorre, com maior freqüência, no centro de origem de plantas. Nos países produtores da Ásia, são citadas pragas como tripes (Thrips spp), broca-do-fruto (Conopomorpha camelella), mosca-branca (Aleurodicus cocois), lagarta-das-folhas (Oxyodes scrobiculata), percevejo do rambotã (Tessaratoma javanica) gorgulho-verde (Hypomeces suamosus) e pulgões. Na região sul da Bahia, tem sido registrada a ocorrência de broca-do-fruto (Gymnadrosoma aurantianum), também conhecida como bicho- furão-dos-citros. Nos países produtores da Ásia, são citadas enfermidades como míldio pulverulento (Oidium nepheli), podridão-do-fruto (Phytophthora nicotianae var. parasítica Dastur) e Phytophthora botryosa), antracnose (Colletotrichum sp.), míldionegro (Meliola nephelii), podridão-do-fruto (Gliocephalotrichum bulbilium) e queima das folhas e frutos (Pestalotiopsis sp.), sendo essas sem registro de ocorrência no Brasil, para a rambuteira. Entretanto, nos pomares da Bahia e Pará, tem sido registrada a ocorrência do cancro-do-tronco, causado por Dolabra nepheliae (SACRAMENTO et al., 2009). Essa doença tem sido verificada na maioria dos países produtores; entretanto, em alguns países, é considerada uma enfermidade de menor importância. O fungo ataca o tronco e os ramos mais sombreados de plantas adultas, formando protuberâncias escuras e causando uma crosta escura no córtex. Não existe controle efetivo para essa doença, mas como medida para reduzir sua incidência recomenda-se a poda para facilitar a penetração de luz e eliminação dos ramos de menor diâmetro que apresentarem os sintomas da doença.